Sou inexistente
Numa existência presente
Que não é eterna
É só indiferente
No meio de tanta gente
Que não presta
E só te enxerga
Negativamente
Somos criaturas estranhas
Animais que não se reconhecem
Exigimos demais do outro
O que a gente nem merece
Você é inteligente?
No meio de tanto lixo
De longe, apenas humano
Mais perto, apenas um bicho
É tão bonito sonhar com o paraíso,
Numa vida infernal
Enquanto os deuses dormem...
Você, sufocado, passa mal
Como ser verdade
Num mundo de mentira?
O tempo, este veneno no ar,
Te mata enquanto você respira
A morte te espera
Naquela próxima esquina...
Um dia uma criança ingênua
Não se dava conta dessa natureza assassina.
Ruan Vieira
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